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23 DE MAIO DE 2007. POR RENATA THOMAZINI

Ministério da Agricultura pode solicitar retomada de status sanitário de onze estados em Setembro

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes disse hoje (22/05) que nos próximos meses Brasil, Bolívia, Argentina e Paraguai começam a operacionalizar medidas conjuntas de controle da febre aftosa na faixa de fronteira de 15 km determinada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona de alta vigilância. ?Já mantivemos os entendimentos para implementação dos projetos?, afirmou Stephanes, que integrou a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em visita oficial ao Paraguai nesta segunda-feira (21/05). A faixa de alta vigilância abrange a fronteira desde o Rio Grande do Sul até Rondônia. O ministro lembrou que os recursos para a execução dos projetos de controle e erradicação da febre aftosa na fronteira estão garantidos. ?Além dos R$ 45 milhões já consignados, o Ministério do Planejamento liberou R$ 20 milhões em abril e outros R$ 25 milhões estão garantidos por meio da Medida Provisória publicada no dia 11 de maio?. Stephanes explicou que os projetos conjuntos envolvem o georeferenciamento das propriedades, vacinação assistida, brinco nos animais e barreiras de trânsito definidas. Na avaliação do ministro, a definição de um trabalho conjunto na fronteira com os países vizinhos é um passo importante para que o Brasil solicite à OIE a retomada da condição sanitária dos estados considerados livres de febre aftosa com vacinação. Desde outubro de 2005, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins tiveram o reconhecimento internacional suspenso. ?Nossa expectativa é de que em setembro, durante a reunião do Comitê Científico da OIE, já tenhamos condições de solicitar a retomada do status sanitário destes estados como áreas livres de febre aftosa com vacinação?, disse Stephanes. A OIE suspendeu o status dos onze estados em função dos focos de febre aftosa ocorridos no Mato Grosso do Sul e no Paraná em outubro de 2005. Atualmente, a OIE reconhece os estados de Rondônia Acre, Rio Grande do Sul e, a partir de agora, o centro-sul do Pará, como áreas livres de febre aftosa com vacinação, além de Santa Catarina como zona livre sem vacinação. Os demais estados são considerados como áreas de risco desconhecido para febre aftosa. ?Mas existem Estados como Maranhão e Pernambuco, por exemplo, que estão em processos avançados para solicitar o reconhecimento internacional?, adiantou Stephanes. Exportações ? O ministro Reinhold Stephanes enfatizou que, apesar da suspensão do status sanitário perante a OIE desde 2005, as exportações do complexo carnes mantiveram o ritmo de crescimento. ?Todos os estados, com exceção do Paraná e Mato Grosso do Sul, continuam exportando, inclusive para a União Européia e, no caso da carne suína, apesar do embargo da Rússia, o Brasil está ampliando as vendas externas?, acrescentou. Sobre a suspensão do fornecimento de carne de dez frigoríficos brasileiros na última sexta-feira (18/05), Stephanes disse que o governo brasileiro está solicitando informações adicionais ao Serviço Veterinário da Rússia sobre as novas exigências. Fonte: Mapa

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