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13 DE SETEMBRO DE 2007. POR LAURA PIMENTA

Exportação de carne é debatida em reunião na FAEMG

A exportação de carne bovina para a União Européia foi o tema da reunião realizada na manhã de hoje na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), em Belo Horizonte/MG. Participaram do encontro o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), José Olavo Borges Mendes, o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Uberaba, Rivaldo Machado Borges Júnior, o presidente da FAEMG, Roberto Simões e o diretor-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Altino Rodrigues Neto. No final do mês de agosto, o IMA, por meio da Gerência de Defesa Sanitária Animal solicitou a atenção dos criadores do estado de Minas Gerais que participam de leilões para o cumprimento da noventena que deve ser aplicada nas propriedades localizadas em área habilitada para exportação quando estas receberem bovinos oriundos de leilões com a participação de animais de municípios mineiros de áreas não-habilitadas. Com a noventena, a propriedade da área habilitada que recebe bovinos de uma área não-habilitada fica impedida por noventa dias de mandar bovinos para o abate, em frigoríficos habilitados a exportar carne para países da União Européia. O procedimento de noventena é uma das exigências da União Européia para que os produtores brasileiros localizados na área habilitada possam comercializar os animais para a indústria frigorífica. Minas Gerais é um dos seis estados da Federação que estão aptos a exportar carne de bovinos para a União Européia. Porém, dos 853 municípios do estado, 288 municípios não estão habilitados a exportar carne para países europeus. A medida vale também para os outros estados aptos a exportar carne bovina para a União Européia. Zona Tampão Durante a reunião, as lideranças trataram de problemas relacionados à zona tampão no Estado de Minas Gerais. Instituída em 1994, a zona tampão é um cordão de isolamento de febre aftosa, que engloba 288 municípios mineiros. Minas não possui nenhum foco da doença há 12 anos e, ainda assim, os municípios pertencentes à zona tampão permanecem proibidos de exportar para os países europeus. Segundo José Olavo, o encontro foi importante para reivindicar ao IMA a solução desse problema. Para o presidente da ABCZ, a noventena estipulada pelo instituto é um grande contra-senso, que traz prejuízo para os produtores da região, que são obrigados a ficar 90 dias sem comercializar em caso de aquisição de animais de leilões oriundos de áreas não-habilitadas. ?Se o governo de Minas não tomar uma posição em relação a essa questão, os próprios leilões e feiras se encarregarão de vetar a entrada desses animais, o que acarretará conflitos entre os produtores?, disse Rivaldo Machado. O diretor-geral do IMA prometeu fazer um estudo sobre as possibilidades de solução para o problema. O Presidente da FAEMG informou que já recebeu esta reivindicação também de Sindicatos Rurais localizados na área tampão. A solução para o caso não parece fácil, uma vez que a União Européia coloca a região na mesma condição de outros estados que têm restrições e diz que não tem interesse em abrir novas áreas, até que constate que o Brasil passou a adotar procedimentos satisfatórios no rastreamento de animais. No começo de novembro, nova missão da União Européia virá ao Brasil para auditar às condições sanitárias e de rastreamento. Minas Gerais será um dos estados visitados.

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