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27 DE SETEMBRO DE 2007. POR LAURA PIMENTA

ABCZ continua firme na defesa da carne brasileira

Manifestações de apoio ajudam o Brasil a se defender de acusações infundadas sobre a produção e qualidade da carne bovina brasileira. Em outubro, a ABCZ recebe visita de Comissária de Agricultura e Desenvolvimento Rural da União Européia

Consciente do compromisso de zelar pela boa imagem da carne bovina no mercado nacional e internacional, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) têm continuado firme em seu propósito de rebater as recentes acusações feitas por deputados do Parlamento Europeu sobre a qualidade da carne brasileira. Após os primeiros contatos com entidades ligadas a Cadeia Produtiva da Carne do Brasil, o presidente da ABCZ José Olavo Borges Mendes continua recebendo manifestações de apoio de representantes de todos os setores. Ele ressalta que durante o mês de setembro a campanha de promoção da carne brasileira ganhou o reforço da Associação Internacional do Comércio de Carne, sediada em Londres e que representa importadores, exportadores e atacadistas de carne de todas as partes do mundo como Britânica, Irlandesa, Australiana, da Nova Zelândia, do Brasil, entre outros. No dia 07 de setembro, o presidente da Associação Internacional, Douglas G. Brydges enviou carta ao presidente do Parlamento Europeu, Sr. Hans-Gert Pöttering, demonstrando preocupação com as recentes publicações de declarações do senhor Alyn Smith e outros sobre a importação de carne brasileira pela União Européia. Entre as acusações está a afirmação da presença do BSE (mal da vaca louca) no Brasil. ?Nunca houve um só caso de BSE registrado no Brasil e não pode ser confundido com o Reino Unido onde, infelizmente, o BSE apareceu pela primeira vez, tornando-se um grande problema para a indústria?, rebate Brydges no documento. Em segundo lugar, as acusações fazem referência à Febre Aftosa. ?Desde 1960 toda a carne que entra na União Européia, proveniente do Brasil, passa antes pelo processo de maturação e desossa. A maturação é feita a níveis aceitos cientificamente como seguros para que o vírus da Febre Aftosa não possa sobreviver e nunca houve um só caso de Febre Aftosa na União Européia que fosse atribuído à América do Sul, desde então?, esclarece ainda. Ainda no documento, Brydges afirma que os veterinários da União Européia podem atestar que toda a carne do Brasil importada pela UE de qualquer ponto de vista, animal ou de saúde pública, é tão segura quanto qualquer carne produzida na União Européia. ?Nos preocupa consideravelmente que aqueles que possuem interesses comerciais com o embargo da carne brasileira estejam pressionando o Departamento de Alimentos e Veterinária para agir em detrimento de fundamentação científica. É precisamente por fatores como este que, cedendo a pressões do Parlamento Europeu, a divisão veterinária foi separada da DG Agriculture (Direção Geral de Agricultura) para prevenir o conflito de interesses entre mercado e assuntos de saúde pública. Em julho, a DG Sanco (Direção-Geral da Saúde e da Proteção do Consumidor) já se pronunciou totalmente favorável à segurança da carne brasileira?, avalia. Ao final do documento o representante da Associação Internacional do Comércio de Carnes solicita ao Parlamento Europeu que reveja este assunto amplamente, antes que esta questão vá mais longe e se coloca a disposição para discutir o assunto. Entre as ações já promovidas pela ABCZ, para solucionar o mal entendido, houve a elaboração de uma carta, onde o presidente da associação sugeriu a instituição de uma ampla frente nacional, com uma vasta, larga e efetiva campanha de marketing embasada em pesquisas técnico-científicas, na defesa, na proteção e na promoção da carne brasileira e, de igual forma, com vistas à conquista de mercados mais remuneradores. A ABIEC já acionou e está em contato com a Embaixada do Brasil em Londres. Visita importante No mês de outubro, a ABCZ receberá a visita da Comissária de Agricultura e Desenvolvimento Rural da União Européia, Marianne Firscher Böel. A comissária visitará a sede da entidade, localizada em Uberaba/MG, onde conhecerá o trabalho de registro genealógico e melhoramento genético das raças zebuínas criadas no Brasil.

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